Toda criança precisa se mexer. Seja brincando, fazendo aula de educação física ou praticando algum esporte. Você já deve ter ouvido isso um montão de vezes, mas aí vai mais um motivo para colocar as crianças em atividade: fazer exercício na infância também ajuda a lidar com o estresse.
Uma relação que já estava comprovada em adultos agora também foi testada em crianças. Um estudo da Universidade de Helsinki, na Finlândia, analisou 258 meninos e meninas de 8 anos para descobrir se havia alguma relação entre atividade física e cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. Os pesquisadores colocaram um medidor de atividade no pulso das crianças e pediram aos pais que coletassem uma amostra de saliva dos filhos durante o dia, a partir da qual mediriam o nível de cortisol. Essa amostra foi comparada a uma segunda, colhida após um teste de indução ao estresse, composto por um desafio aritmético e um de falar em público.
Para analisar os dados, os pesquisadores separaram as crianças em três grupos, de acordo com a quantidade de atividade física realizada. As crianças dos grupos que haviam praticado menos atividade física tiveram um aumento significativo nos níveis de cortisol após o teste. Já aquelas que pertenciam ao grupo que havia feito mais exercício apresentaram pequeno ou nenhum aumento nos níveis do hormônio. Os responsáveis pelo estudo afirmaram que essa descoberta pode ajudar a entender a importância da atividade física para o bem estar físico e mental da criança.
Segundo a endocrinologista Rosângela Réa, do Hospital Pequeno Príncipe (PR), a pesquisa comprova que quem faz exercício responde melhor ao estresse, o que influencia diretamente no jeito com que a criança levará sua vida. Isso é, crianças que se movimentam podem ser mais tranquilas e reagir melhor quando estão diante de um desafio. Em adultos, o cortisol também já foi relacionado à depressão e a um maior acúmulo de gordura corporal.
“Esse tipo de relação [entre exercício e cortisol] já foi mostrada em adultos, mas nesse caso o foco são as crianças. E a pesquisa mostra que tanto os exercícios rigorosos como não rigorosos têm esse efeito. É mais um motivo para os pais estimularem a prática de exercícios”, explica Rosângela.
Segundo Nara Rejane de Oliveira, professora do Departamento de Ciências do Movimento Humano da Unifesp, o estilo de vida das crianças, especialmente nas grandes metrópoles, contribui para o sedentarismo. Isso porque elas costumam passar muito tempo dentro de casa e as brincadeiras na rua, que antes eram sinônimo de movimentação intensa, já não fazem mais parte de seu cotidiano. Nara concorda que é preciso estimular o exercício físico na infância, mas dá um alerta: “É preciso ter bom senso quanto à quantidade e qualidade de exercício. É imprescindível que não haja sobrecarga de tarefas e que a criança possa participar de uma atividade que ela realmente goste e não aquela que os adultos desejam”.
A sobrecarga de tarefas, segundo Nara, não é apenas em relação a atividades físicas. “O estresse pode ser desencadeado pelo excesso de atividades que muitas crianças realizam. É comum que famílias, ávidas por oferecerem aos filhos oportunidades de aprendizagens diversas, acabem estressando as crianças com o excesso de atividades extracurriculares.”
Outra dica importante é ter jogo de cintura. Às vezes, a criança rejeita a atividade física porque passa a associá-la a mais uma aula, a mais uma obrigação que precisa cumprir. Se seu filho fizer muito drama para se mexer, tente transformar o exercício em passeio – ou a boa e velha brincadeira! Por exemplo, tire a bicicleta da garagem e vá pedalar em família. Assim, ele vai deixar de enxergar a bicicleta como exercício e vai associá-la ao lazer e a um momento prazeroso.
Com informações da Revista Crescer.
Uma relação que já estava comprovada em adultos agora também foi testada em crianças. Um estudo da Universidade de Helsinki, na Finlândia, analisou 258 meninos e meninas de 8 anos para descobrir se havia alguma relação entre atividade física e cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. Os pesquisadores colocaram um medidor de atividade no pulso das crianças e pediram aos pais que coletassem uma amostra de saliva dos filhos durante o dia, a partir da qual mediriam o nível de cortisol. Essa amostra foi comparada a uma segunda, colhida após um teste de indução ao estresse, composto por um desafio aritmético e um de falar em público.
Para analisar os dados, os pesquisadores separaram as crianças em três grupos, de acordo com a quantidade de atividade física realizada. As crianças dos grupos que haviam praticado menos atividade física tiveram um aumento significativo nos níveis de cortisol após o teste. Já aquelas que pertenciam ao grupo que havia feito mais exercício apresentaram pequeno ou nenhum aumento nos níveis do hormônio. Os responsáveis pelo estudo afirmaram que essa descoberta pode ajudar a entender a importância da atividade física para o bem estar físico e mental da criança.
Segundo a endocrinologista Rosângela Réa, do Hospital Pequeno Príncipe (PR), a pesquisa comprova que quem faz exercício responde melhor ao estresse, o que influencia diretamente no jeito com que a criança levará sua vida. Isso é, crianças que se movimentam podem ser mais tranquilas e reagir melhor quando estão diante de um desafio. Em adultos, o cortisol também já foi relacionado à depressão e a um maior acúmulo de gordura corporal.
“Esse tipo de relação [entre exercício e cortisol] já foi mostrada em adultos, mas nesse caso o foco são as crianças. E a pesquisa mostra que tanto os exercícios rigorosos como não rigorosos têm esse efeito. É mais um motivo para os pais estimularem a prática de exercícios”, explica Rosângela.
Segundo Nara Rejane de Oliveira, professora do Departamento de Ciências do Movimento Humano da Unifesp, o estilo de vida das crianças, especialmente nas grandes metrópoles, contribui para o sedentarismo. Isso porque elas costumam passar muito tempo dentro de casa e as brincadeiras na rua, que antes eram sinônimo de movimentação intensa, já não fazem mais parte de seu cotidiano. Nara concorda que é preciso estimular o exercício físico na infância, mas dá um alerta: “É preciso ter bom senso quanto à quantidade e qualidade de exercício. É imprescindível que não haja sobrecarga de tarefas e que a criança possa participar de uma atividade que ela realmente goste e não aquela que os adultos desejam”.
A sobrecarga de tarefas, segundo Nara, não é apenas em relação a atividades físicas. “O estresse pode ser desencadeado pelo excesso de atividades que muitas crianças realizam. É comum que famílias, ávidas por oferecerem aos filhos oportunidades de aprendizagens diversas, acabem estressando as crianças com o excesso de atividades extracurriculares.”
Outra dica importante é ter jogo de cintura. Às vezes, a criança rejeita a atividade física porque passa a associá-la a mais uma aula, a mais uma obrigação que precisa cumprir. Se seu filho fizer muito drama para se mexer, tente transformar o exercício em passeio – ou a boa e velha brincadeira! Por exemplo, tire a bicicleta da garagem e vá pedalar em família. Assim, ele vai deixar de enxergar a bicicleta como exercício e vai associá-la ao lazer e a um momento prazeroso.
Com informações da Revista Crescer.
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