segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Brinquedoteca: o cantinho onde a única regra é se divertir!!!



Ter um quarto lúdico é oferecer um espaço específico para estimular a criança a aprender brincando. É nesses momentos de diversão que elas aprender a conviver, ganhar e perder, esperar sua vez, além de desenvolver seus primeiros contextos de pensamento e linguagem e demonstrar sua forma de lidar com o mundo. “Proporcionar à criança um espaço com essa finalidade é de grande valia para o seu desenvolvimento, além de aprimorar noções como organização, espaço pessoal e cooperação”, afirma psicóloga e ludoterapeuta Karllene Vasconcelos Andrade de Farias, de Maceió, em Alagoas.

Na hora de planejar a brinquedoteca das crianças, priorize um lugar iluminado e arejado, de preferência naturalmente, que represente conforto, segurança e liberdade de criação. Montar um cantinho como este exige uma análise dos brinquedos que serão comprados, pois devem atender às necessidades dos pequenos em suas diferentes faixas etárias. " Uma boa dica é dividir o local em categorias como: cantinho da leitura, jogos de montar, papeis e lápis para pintar e desenhar, cantinhos para carrinhos, bonecas, entre outros”, explica a pedagoga Adriana Marques Imperatrice.

Cuidados importantes

A preocupação maior deve ser a segurança da criança: objetos pontiagudos, brinquedos quebrados (partidos ou faltando pedaços) e peças pequenas (no caso das crianças menores) devem ser abolidos, para prevenir os famosos acidentes domésticos. Também é muito importante que o espaço de brincar seja limpo freqüentemente, para evitar alergias e problemas respiratórios, pois brinquedos costumam ter pequenos orifícios que acumulam bastante poeira.

O piso da brinquedoteca deve ser, preferencialmente, emborrachado, que minimiza o risco de quedas e amortece o impacto. Tapetes de atividades coloridos são ótimas opções. Para que seja um local seguro, invista em poucos móveis (sem quinas e com proteção) e em brinquedos que tenham o selo de aprovação do Inmetro.

A brinquedoteca deve ser atraente, sem ser cansativa para a criança. Por isso, abusar das cores de forma desordenada pode deixar o ambiente pesado e até irritá-las, devido ao excesso de estímulo visual. “É importante trabalhar com as cores de maneira planejada. Priorize os tons claros com estímulos visuais específicos que tenham significado para a criança. Quadros e pinturas com formas geométricas são boas opções. E deixe o colorido para os brinquedos e alguns mobiliários”, ensina a psicopedagoga Rosangela Iunes Cano.

Cada idade uma escolha

A brinquedoteca deve levar em conta o interesse de cada criança, respeitando seus gostos e sua faixa etária.

Para crianças de 0 a 2 anos, os brinquedos devem ser voltados para a estimulação sensorial . Dê preferência aos coloridos, com sons e diferentes texturas que estimulem os sentidos visão, audição e tato. Móbiles grandes, que tocam música e fazem movimento estimulam a coordenação visual e motora. Ainda para atender a esta faixa etária, existe no mercado giz de cera para crianças a partir de 18 meses, que são mais grossos para facilitar o manuseio.

Já os pequenos de 2 a 3 anos estão em uma fase de verbalização e curiosidade. Para eles, livrinhos com ilustração, brinquedos de empilhar, encaixe e blocos são indicados para o desenvolvimento motor.

A partir dos 3 anos, as crianças precisam de um ambiente com estímulos concretos e que simulem o dia a dia. Aposte em casinha, carrinhos, bonecas, equipamentos de médico, mercadinho, além de fantasias, quebra-cabeça e livros, que incentivam a criatividade e o faz-de-conta.

Caso haja apenas um espaço para crianças de diferentes faixas etárias, existem alguns brinquedos que podem ser considerados “neutros”, que tendem a promover socialização e estimular o desenvolvimento da criatividade em variadas fases. Algumas sugestões são fantoches, tintas e telas, família articulada de pano, entre outros. "Se houver crianças menores, apenas tenha o cuidado de guardar brinquedos com peças muito pequenas ou que se soltam com facilidade em caixas fechadas e de difícil acesso aos pequeninos”, orienta Adriana.

Para os maiores, aposte em jogos e alternativas um pouco mais complexas, como: montagem de pipas, jogos de tabuleiros de estratégias, kits de profissão como médico ou engenheiro.

A criança aprende a ver o mundo por meio da brincadeira, estabelece relações entre o que é real e o que é imaginário, aprende regras.  Os brinquedos são recursos didáticos de grande aplicação e valor no processo ensino aprendizagem. Tudo isso é muito importante, mas é mais válido ainda quando aprender é o resultado e não objetivo inicial. O ponto de partida deve ser a diversão. Então, deite-se no chão com seu filho e aproveite para recordar sua infância!

Com informações do portal Bebê.

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